“Mais uma vez, foi agressão física. Por causa de uma coisa banal, uma briga, mentiras. E por mais que eu e ele estejamos errados, nada justifica um homem bater em uma mulher”, assim começa o vídeo postado pela ex-miss Piauí, Renata Lustosa, em seu Instagram, na noite desta última quinta-feira (24).
A modelo de 27 anos aparece aos prantos, com o rosto sangrando, e denuncia as agressões protagonizadas por seu ex-marido, o empresário Leonardo Ramos Henriques. Segundo o relato da própria vítima, que reside atualmente na cidade baiana de Teixeira de Freitas, os atos de violência foram presenciados por seu filho de apenas dois anos.
“O que fazer com um monstro desses? Porque com a Maria da Penha, eu vou lá, registro queixas, eles [a polícia] vão atrás dele, um dia, mas no outro ele vai vir, como ele já prometeu um milhão de vezes, ele vai voltar para me matar. E eu não duvido”, confessou no vídeo, apagado posteriormente.
Renata ainda diz que havia sido agredida pelo ex-marido diversas vezes, durante quatro anos. A violência, segundo a própria, foi a principal motivação da separação do casal, o relacionamento durou 8 anos. Após grande repercussão, a ex-miss decidiu oficializar a denúncia na Delegacia Especializada do Atendimento à Mulher (Deam), de Teixeira de Freitas, nesta última sexta-feira (25).
“Resolvi falar, resolvi denunciar porque recebi apoio de muita gente, tomei a coragem de vir à delegacia, estou mais calma diante de toda a situação. As agressões iniciaram durante o namoro, período longo, mas, sempre eram agressões leves, tapas, empurrões, coisa que a gente deixava passar. Porém, depois que passamos a conviver na mesma casa, com bebê no colo, já cheguei a ser agredida com tapa no rosto e ainda recebia ameaças de morte, caso procurasse a polícia”, desabafou, depois de ter feito a denúncia, em outro vídeo gravado na porta da delegacia.
Renata Lustosa foi Miss Piauí em 2011 e miss Beleza Baiana em 2007. “Eu nunca tive coragem de ir à delegacia da mulher porque eu sei que a Lei Maria da Penha é mais severa para o agressor do que ir na delegacia comum. Eu já tinha ligado para a delegacia para saber se tinha como registrar queixa sem que eles procurassem o agressor, porque sempre tive medo, porque ele me ameaçava de morte. Quero que, daqui pra frente, a Justiça seja feita”, comentou em entrevista concedida ao G1. O caso está sendo investigado.
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