Jeovanca Nascimento, de Pirenópolis, é eleita Miss Goiás 2017
Estudante de direito foi coroada em um evento que avaliou, além da beleza, a opinião e personalidade das candidatas. Miss Goiânia ficou em 2º lugar, e Miss Piracanjuba em 3º.
A estudante de direito Jeovanca Vasconcelos do Nascimento, de 26 anos, foi eleita, na terça-feira (18), a Miss Goiás 2017. Em um concurso que valorizou, além da beleza, a opinião e a postura das candidatas diante do empoderamento feminino, a Miss Pirenópolis se destacou, entre as 18 candidatas, com seu carisma e forte personalidade.
Para ela, um dos maiores símbolos da força feminina é não se calar diante de abusos. “O maior exemplo de empoderamento feminino nos dias de hoje são as mulheres que denunciam as agressões que sofrem no dia a dia, quando sofrem. É um exercício de cidadania na tentativa de tornar a sociedade mais justa”, afirma a campeã.
O concurso foi realizado na noite de terça-feira em um salão de eventos do Setor Bueno, na região sul de capital. A Miss Goiânia, a odontóloga Natállia Lima Figueira, de 25 anos, ficou em segundo lugar, e a estudante de direito Rayanne Coutinho da Silva, de 18, Miss Piracanjuba, em terceiro. A coroa à campeã foi entregue pela Miss Goiás 2016, Mônica França.
Beleza
Com 1,75 metro de altura, 90 centímetros de busto, 58 de cintura e 90 de quadril, a Miss Goiás 2017 não acredita que exista um padrão de beleza. Para ela, a riqueza da sociedade está na diversidade.
“Na minha opinião não existe um padrão de beleza, porque o mundo é muito rico. Vivemos diante de infinitas diversidades, culturas, raças, estilos”, disse.
Jeovanca afirma que, além do aspecto físico e de personalidade das candidatas, o concurso teve o objetivo de valorizar a cultura de cada uma delas.
“O papel dos concursos não é apenas mostrar a beleza física da mulher, mas gerar unidade e integração entre concorrentes e as culturas que representam, revelando a beleza interior da mulher e seu valor diante do mundo”, afirma.
Proposta
O diretor geral do concurso, Armando Abranches, explicou que as candidatas passam por diversas entrevistas e desfiles antes de serem selecionadas pelos jurados. Segundo ele, o programa também pede que as concorrentes sejam representantes ativas de alguma causa.
“É importante que ela seja porta-voz de alguma mensagem, que ela possa difundir uma ideia. Ela precisa ter poder no que diz, saber transmitir uma mensagem. Precisam saber se posicionar”, explicou ao G1.
Abranches ressaltou que o evento busca valorizar o espaço da mulher e dar poder ao público feminino. Segundo ele, o concurso tem o objetivo discutir com as candidatas o feminismo e os direitos conquistados pelas mulheres.
“O evento tem como mote o empoderamento feminino. Muitas perguntas são voltadas para questões de igualdade de gênero, por exemplo. A bandeira do feminismo vem sendo erguida constantemente e abordamos o assunto durante as entrevistas com elas”, afirmou.
Conforme o diretor, o concurso passou por diversas mudanças ao longo dos anos, mas a mais significativa, segundo ele, foi a valorização do intelecto das candidatas. Ele conta que as concorrentes não são avaliadas apenas pela beleza.
“Antes, a Miss precisava apresentar uma certa medida de busto, cintura e quadril. Hoje ainda precisa ter harmonia nas formas, mas precisam ser mulheres de atitude, que opinam, que discutem. A maioria das candidatas cursam ou cursaram faculdade e têm trabalhos. Mesmo com pouca idade, precisam sem pessoas a frente, não mais aquele perfil de moça ingênua e imaculada”, avaliou.
http://g1.globo.com/goias/noticia/jeovanca-nascimento-de-pirenopolis-e-eleita-miss-goias-2017.ghtml
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