sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Miss Brasil retorna ao Estado só depois do Miss Universo


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Por Caue Fonseca, especial*
Quando os gaúchos tiverem a oportunidade de cumprimentar a conterrânea Marthina Brandt pelo título de Miss Brasil, pode ser que uma nova coroa já repouse sobre a sua cabeça. Não há previsão de que a soberana retorne ao Rio Grande do Sul tão cedo, e o motivo disso é a correria para o Miss Universo.
Depois de reservar a quinta-feira para compromissos com a imprensa, Marthina começou a se envolver nesta sexta-feira com os preparativos para enfrentar as misses do resto do mundo. A manhã foi reservada para as primeiras provas de vestidos. À tarde, uma reunião definiria o cronograma até a disputa nos Estados Unidos. Entre patrocinadores, assessores e estilistas, uma equipe superior a 15 pessoas acompanha a miss.
Para toda a preparação do Miss Universo, Marthina conta com apenas 10 dias. Depois disso, embarca para Las Vegas (EUA), onde ficará inteiramente à disposição do concurso realizado no próximo dia 20 de dezembro.
Três países ainda não definiram suas finalistas: Honduras e Tanzânia, que realizam seus concursos nacionais nesta sexta-feira, e Irlanda, que define candidata no próximo dia 27. Outras 76 candidatas já estão definidas. Elas disputam a coroa que em 2014 ficou com a colombiana Paulina Vega. A cearense Melissa Gurgel ficou entre as 15 finalistas.
Natural de Vale Real, no Vale do Rio Caí, Marthina se tornou, na quarta-feira passada, a 15ª gaúcha a ser coroada Miss Brasil. Em segundo lugar, com oito representantes, há um empate entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Confira as 15 gaúchas que já foram coroadas como Miss Brasil:
  • Marthina Brandt é a Miss Brasil 2015
  • Gabriela Markus foi eleita Miss Brasil em 2012
  • Priscila Machado foi eleita Miss Brasil em 2011
  • Natália Anderle foi eleita Miss Brasil em 2008
  • Rafaela Zanella foi eleita Miss Brasil em 2006
  • Fabiane Niclotti foi eleita Miss Brasil em 2004
  • Joseane Oliveira foi eleita Miss Brasil em 2002 e perdeu a coroa após descobrirem que a candidata era casada
  • Juliana Dornelles foi eleita Miss Brasil em 2001
  • Renata Fan foi eleita Miss Brasil em 1999
  • Leila Schuster foi eleita Miss Brasil em 1993
  • Deise Souza foi eleita Miss Brasil em 1986
  • Rejane Vieira Costa foi eleita Miss Brasil em 1972
  • Iêda Vargas foi eleita Miss Brasil em 1963
  • Maria José Cardoso foi a primeira Miss Rio  Grande do Sul a ser coroada como Miss Brasil
  • Yolanda Pereira foi eleita Miss Universo em 1930, quando o concurso não era válido

Marthina Brandt fala sobre a vitória no Miss Brasil e preparação para o Miss Universo


Por Caue Fonseca, especial*
Em meio à correria do primeiro dia como Miss Brasil, Marthina Brandt conseguiu uma brecha para dar entrevista à Revista Donna, via mensagem de áudio pelo Whatsapp. A jovem de 23 anos, natural de Vale Real, avaliou seus pontos fortes na disputa do título de Miss Universo e o papel da miss nos dias de hoje. Sobre se tem namorado ou não, preferiu não comentar o assunto neste momento.
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Você já havia tentado ser miss em 2012. O que você aprendeu com aquela experiência para vencer dessa vez?
Em 2012, participei do Miss Rio Grande do Sul pela primeira vez e acabei não ficando entre as 15 finalistas. Mesmo assim, não me deixei abalar, usei isso como combustível para me preparar e voltar mais forte em 2015. Acredito que hoje consiga expressar muito mais minha personalidade e estou mais madura em função de terem se passado três anos. Acredito que o jeito que me coloco, a forma como me posiciono, o meu andar, tudo melhorou de 2012 pra cá – este foi o diferencial.
Você é nada menos do que a 15ª Miss Brasil do Rio Grande do Sul. Essa supremacia lhe deu confiança? Qual é o principal diferencial das gurias do Estado?
Costumo ser uma pessoa bem confiante, independentemente do que eu fizer. Sempre acredito em um resultado final positivo. Eu me senti com uma responsabilidade muito grande por representar um Estado como o Rio Grande do Sul, que possui mais coroas. Acredito que o diferencial das gaúchas é que somos todas guerreiras e persistentes. A maioria tem a personalidade muito forte e sempre faz questão de expor.
Você já morou em cinco países e fala cinco idiomas. Esses são teus principais trunfos para o Miss Universo?
O fato de eu falar mais idiomas, além do português, com certeza é muito bom para o Miss Universo, porque poderei me comunicar melhor com as meninas, inclusive na língua do país delas, não somente no inglês. Irei manter a mesma linha do Miss Brasil: ser eu mesma, me dedicar, ficar focada e ser bastante observadora.
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Estamos em meio a um movimento amplo de empoderamento das mulheres. Qual é o papel das misses nesse contexto?
As misses precisam usar os meios de comunicação para fazer diferença na sociedade. Hoje já não se pode ser somente uma mulher bonita, que vai a eventos. A miss tem que aproveitar todos os trunfos como redes sociais, televisão e rádio para conscientizar as pessoas sobre alguns assuntos como política, por exemplo. Deve estar o mais próxima possível das pessoas e tentar fazer a diferença. Afinal, ela representa as mulheres e o povo brasileiro.
Qual será a marca do seu reinado?
Será de uma miss mais próxima das pessoas e das causas sociais. Tem tantas pessoas que torcem, viram fãs, criam páginas em redes sociais, sinto que o mínimo que posso fazer é estar mais próxima de todos. 
*Colaborou Bárbara Zamberlan
http://revistadonna.clicrbs.com.br/beleza/marthina-brandt-fala-sobre-vitoria-miss-brasil-e-preparacao-para-o-miss-universo/

Especialistas explicam por que o Rio Grande do Sul é recordista no Miss Brasil

Marthina Brandt é a Miss Brasil 2015
Marthina Brandt é a Miss Brasil 2015


A vitória de Marthina Brandt no Miss Brasil confirma outro título que o Estado ostenta: os gaúchos podem gabar-se por terem o maior número de vencedoras no concurso nacional. Ao todo, são 13 misses – ou 15, contando Yolanda Pereira, que venceu em 1930, antes de a competição tornar-se oficial, e Joseane Oliveira, de 2002, que perdeu a faixa por ser casada. Em segundo lugar, com oito representantes, há um empate entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para o coordenador do Miss Rio Grande do Sul e responsável pela preparação de Marthina, Carlos Totti, e o missólogo Evandro Hazzy, a supremacia gaúcha deve-se a um conjunto de fatores. A começar pela mescla de etnias no Estado.
- A mistura de todos os povos que formaram o Rio Grande do Sul acaba proporcionando uma beleza diferenciada. A gente tem registros físicos parecidos com os de diferentes partes do mundo e conseguimos exportar beleza para diferentes partes do mundo também - avalia Totti.
Somos conhecidos no mundo como terra de belas mulheres. Mas não posso esquecer do profissionalismo: temos pessoas com excelência em preparar misses, incluindo médicos, dermatologistas e psicólogos - completa Hazzy, que abrirá neste sábado uma escola de misses em Porto Alegre.
O intenso cronograma de preparativos que as candidatas gaúchas encaram faz diferença. Marthina, por exemplo, além do programa de exercícios com personal trainer, massagens, tratamentos estéticos, odontológicos e afins, fez curso para aprender a se maquiar e preparar o cabelo e ainda teve acompanhamento de um personal stylist - até para saber o que lhe cai bem. Treinou a dicção com fonoaudióloga e passou por aulas de teatro para ter mais desenvoltura. E, mesmo tendo sido modelo, fez aulas de passarela e voltou ao estúdio fotográfico para treinar a postura de miss.
(Reprodução/Instagram)
(Reprodução/Instagram) Marthina Brandt venceu o concurso para Miss Rio Grande do Sul no ano passado
O Rio Grande do Sul é um Estado que se preocupa com essa preparação, com o conjunto da mulher, não só a estética. A gente se preocupa que elas estejam bem psicologicamente, para lidar com a competição e com todas as adversidades que um concurso pode ter, as provas, as avaliações dos jurados. E para nós, gaúchos, a miss é uma embaixadora, tem que se comunicar com imprensa, o público e os fã, e transmitir suas ideias de forma confortável. A soma disso tudo faz com que ela esteja preparada para o concurso - destaca Totti.
Um fator extra que Hazzy e Totti fazem questão de citar: a tradição dos concursos de beleza no Rio Grande do Sul.
- É um Estado que ama concursos de miss. Você não tem ideia de quantas mensagens recebi desde ontem! - diz Hazzy.
E as chances de Marthina?
- Acredito que já estamos num top 5 de Miss Universo. Ela já está praticamente pronta, tem que cuidar agora da mala e do guarda-roupa – avalia Hazzy. – No Miss Brasil, havia mulheres lindas de outros Estados, mas a margem de erro de Marthina foi mínima, teve um perfil de top model no palco com uma pitada do glamour de miss de época.
O Miss Universo será realizado em Las Vegas, em 20 de dezembro.




Redação Donna Postado por Redação Donna

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