Las Vegas é um a eterna festa. E é
preciso se programar para se divertir e ao mesmo tempo fazer a cobertura do
concurso. Meu dia foi iniciado com a visita à sala de imprensa, no Planet
Hollywood. Quando estava pegando a minha credencial de jornalista, chega a
presidente do concurso Paula Shugart. Apresentei-me e ela foi extremamente
simpática. Lembrem-se que Martha Vasconcellos deu um livro de presente a Paula
no mês passado,e Nova York, e a presidente elogiou muito o trabalho (modéstia à
parte) e perguntou sobre mim. Uma assessora sua me enviou e-mail pedindo
detalhes do livro em inglês. Com a credencial em mãos, segui para o ensaio no
gigantesco Axis.
Fiquei com alguns amigos ao bar ao
lado aguardando que o ensaio começasse. Marcado inicialmente para as 12h30, foi
atrasado em 30 minutos. E as pessoas começaram a chegar. Logo passou Paulina Veja,
Miss universo 2014, uma das apresentadoras do ensaio. Paulina causou-me boa
impressão. Estava muito à vontade, sem ares de diva. É bastante alta, magra e
tem um sorriso encantador. Estava acompanhada de Esther Swan, a antiga
assesorra de imprensa, que hoje é a chaperone oficial.
Imprensa não é permitida no ensaio,
aberto somente para diretores nacionais, familiares e amigos das candidatas.
Logo, não posso entrar como imprensa, trabalhando, com máquina fotográfica na
mão etc etc etc. Torne-me um amigo das misses... rsrsrs. É preciso que um
diretor nacional coloque seu nome na lista. Quem me fez essa gentileza foi
Denis Dávila, diretor do Miss Canadá, amigo desde o final dos anos 1990. E
Denis não somente colocou meu nome na lista como me presenteou com uma entrada
para o Presentation Show (cada diretor recebe uma cota de ingressos para a
comitiva da miss). Isso porque a direção do concurso reserva uma sala para a
imprensa. Mas, de que vale viajar tanto para assistir aos eventos numa sala à
parte¿¿¿ Obrigado Denis.
A questão da segurança é tratada
com muita seriedade. Todos tivemos que passar por um detector de metais e tivemos
que ser revistados, juntamente com nossas mochilas e bolsas. Não tiro a razão
dos organizadores. Nesses dias de terrorismo, todo cuidado é pouco. Nessa hora,
em que estamos entrando, vamos nos reencontrando com velhos amigos e fazendo
outros. Não contive o riso quando foi chegando um grupo grande e uma pessoa
disse: “Pronto, chegaram os ‘mabuhay’” – identificando os filipinos com a
saudação na língua nacional, o tagalo.
O teatro é gigantesco e estava com
pouca gente. Dois espaços separados foram ocupados: um, para amigos e
familiares, outro para diretores nacionais. Entre estes, destaque para as
ex-misses Stella Marquez (Miss Beleza Internacional 1960, hoje diretora
nacional das Filipinas), Desiree Lowry (Miss Porto Rico 1995 e finalista do
Miss Universo) e Jessica Newton (peruana classificada entre as 10 do Miss Universo
1987), todas conhecidas outros carnavais. Foi um prazer revê-las.
Começou o ensaio. A platéia, apesar
de pequena, ia mostrando as suas preferidas através de gritos e aplausos...
rsrsrs. Colombia foi a mais festejada. Realmente a colombiana é deslumbrante.
Está no top da lista de todos com os quais eu falei. Não será surpresa se
tivermos um segundo back-to-back da história do Miss Universo. O interesse é
que muitas meninas estavam sem qualquer maquiagem. E algumas com o cabelo
horrível. Foi bom o ensaio para termos uma idéia de cada uma pessoalmente. E é
aí que as surpresas começam. Fiquei impressionado com a beleza da finlandesa
(não apostaria um tostão por ela avaliando somente as fotos). A brasileira é
uma querida pela platéia. Marthina é aplaudida a cada aparição. O corpo está
excelente, magro. Tenho um senão: a passarela da Miss Brasil deixa a desejar.
Mas esse pequeno detalhe é infinitamente superado pelo conjunto da obra. Outras
que me impressionaram favoravelmente foram as Misses Austrália, Chile, República
Checa, Dinamarca, República Dominicana, França, Geórgia (que rosto lindo!),
Alemanha, India (passei a apostar num top 5 para a indiana – corpo bom e
magnetismo pessoal transbordante), Indonesia (surpreendendo com alguma
transparência no vestido), Itália (que rosto!), Japão, Holanda, Paraguai (a
surpresa da noite, passando a figurar na lista de muita gente – realmente uma
bela candidata), Peru, Filipinas (estranho o bumbum da candidata. Parece que
tem uma prótese com tamanhos diferentes de cada lado. Muito estranho mesmo, o
que poderá lhe custar o título), Polônia (outro rosto maravilhoso), Rússia,
Espanha (outra que não me surpreenderá se for top 5), EUA (a dona da casa está
quase perfeita! Tenho um senão para o rosto, que poderia ser mais impactante.
Mas ela está com o corpo tonificado, bonito, porte de rainha – e aqui muitos
dizem que será a vencedora porque será o primeiro ano do novo ano, a IMG, assim
como aconteceu em 1997, primeiro ano de Trump), Venezuela (Osmel sabe o que faz,
e está linda a venezuelana. Mas não creio num top 5, e sim num top 10) e
Vietnam (que vestido lindo, todo branco com barra de plumas e apliques pretos e
vermelhos formando aves – seriam patos¿).
O ensaio foi legal, mostrando bem
as possibilidades de cada uma. Saí Dalí e fui almoçar com amigos no próprio
Planet Hollywood. Mas são tantas as pessoas que chegam para conversar,
cumprimentar, dar palpites, contar fatos interessantes... As horas são
insuficientes para um concurso de Miss Universo. Precisaríamos de dias com 48
horas. Quando saímos do almoço eram 16h30 e já havia fila no Axis, aguardando a
abertura do teatro ás 19h para o Presentation Show! Esse povo que gosta de
concurso de miss só pode ser maluco...
Foi impossível sair logo, e às 17h
vim para o Monte Carlo trocar de roupa para a semifinal. Ainda tive tempo de
escrever algumas coisas no Facebook... rsrsrs Ao retornar, o Axis estava quase
cheio. Creio que tenha sido o maior público que já vi numa semifinal. Agora a
história era diferente, pois havia muitas torcidas organizadas, portando
adereços, faixas, cartazes etc. A mais aplaudida era a filipina. A cada
aparição de Pia, seus fanáticos admiradores iam ao delírio. Coisa bonita de se
ver! A tailandesa também era outra bastante aplaudida. Miss Colômbia, como
sempre, recebendo aplausos de todos os quadrantes do teatro. Algumas meninas
tropeçaram (três: Argentina, Slovac e Nigéria – isso mesmo¿), mas o pior foi o
que aconteceu com Miss Mianmar: a garota saiu sentada, mas se levantou pedindo
aplausos e foi muito acolhida. Creio que levou vantagem com isso. Seria uma
tática¿¿¿
Ao final, a certeza de que o
espetáculo será um dos mais bonitos considerando o cenário fantástico. O nível
das meninas está muito bom, o que leva a muitas especulações e incertezas. A
balança parece pender para a garota de Sincelejo, mas muitos não acreditam que
uma colombiana coroará outra. Creio que isso seja bobagem, pois falavam a mesma
coisa em 2009 no Atlantis Paradise, em Nassau (eu estava lá), e uma venezuelana
acabou coroando outra. Por que não acontecer novamente¿
O favoritismo de Marthina é imenso.
Creio que só vi isso com uma brasileira em 1998, em Honolulu, com Michela Marchi
(sendo que Michela era a nº 1, como hoje é a colombiana). Em 2007, na Cidade do
México, Natália Guimarães estava entre as favoritas, mas não entre as grandes
favoritas – e acabou em 2º lugar. Concurso de miss é imprevisível! A brasileira
está fazendo o trabalho muito bem, e só tenho ouvido elogios, com todos
encantados com a maneira como ela trata os admiradores que se aproximam. Ainda não
conversei com ela. Espero fazê-lo daqui a pouco, quando irei para as
entrevistas no PH. À tarde haverá mais um ensaio, quando tiraremos as dúvidas
sobre o formato do evento. Como já falei no face, trouxe uma mensagem gravada
de Martha Vasconcelos para Marthina, e espero que ela goste. Trouxe também um
presentinho enviado por Patrícia Godoi, a Miss Brasil 1991 que hoje é casada em
Salvador, tem dois filhos, e moramos bem próximos. Devemos ter grandes
esperanças, mas também preparados para qualquer resultado. Não gosto de oba-oba
de que já ganhou, para nenhuma candidata. Já vi grandes favoritas serem
eliminadas (que imaginava a espanhola ano passado fora do top 5¿ - meu note ta maluco
e só coloca essa interrogação de cabeça para baixo, apesar de o teclado estar
OK) e outras que não se destacavam tanto serem coroadas.
Logo após o Presentation começou a
gravação dos trajes típicos para a abertura do concurso. Uma coisa massante,
demorada... Fiquei somente até a hora de Marthina gravar. Ela está com um traje
amarelo. Parece que é uma baiana. Por falar traje, gostei muito do vestido de
noite, apesar de que eu mudaria a cor. Mas está muito bonito, provocante sem
ser vulgar e caiu como uma luva no corpo da brasileira. Tenho um senão em
relação ao estilista, pois acho que os modelos são muito parecidos, como
dizemos, “mais do mesmo”. Entretanto, que importância tem issoa gora se o
vestido está lindo e ninguém sabe dessas coisas¿ Boa soret Marthina e estamos
aqui para comemorar.
Ah, antes de terminar, pude ver o
inusitado do traje típico (¿) da Miss Áustria: ela está vestida de Conchita
Wurst, a famosa cantora de barba do seu país. Bela homenagem.
Abraço a todos e “inté”
Roberto Macêdo
P.S. Fotos coloco depois, senão
passarei a manhã aqui. rsrsrs. E falta revisar o texto.
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