Concurso de miss promove ações com 'pegada' feminista
Algumas candidatas desistiram de concorrer. O Miss Intercontinental, que chega à 45ª edição, elegerá a representante brasileira em abril
11 FEV201615h35
Com o slogan "Muito além do tchauzinho de miss", o Miss Intercontinental Brasil tem promovido ações nas redes sociais para chamar a atenção para o desrespeito sofrido pelas mulheres.
Candidatas ao Miss Intercontinental Brasil
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O assunto gerou polêmica e algumas candidatas desistiram do concurso. “As meninas acharam que por não participar das ações seriam prejudicadas, o que não é verdade. Não podemos obrigar ninguém a lutar pelo o que não acredita, e o feminismo ainda é muito mal interpretado no Brasil, inclusive pelas mulheres", explica a diretora do concurso, Elaine Cristina
Mas no geral, as misses estão engajadas, diz outro diretor do evento, Jonny Guimarães. ""O mais interessante é que as candidatas que achamos que não participariam, sobretudo por questões religiosas, são as que mais abraçaram a causa” , afirma.
Até agora foram três ações. Na primeira, as candidatas foram convidadas a escrever no corpo a primeira palavra pejorativa que ouvem quando dizem que são misses, à exemplo do que a cantora Clarice Falcão fez no vídeo Survivor.
Em “Mulheres como você”, as misses foram mostradas no seu dia a dia, trabalhando e estudando. E na mais recente ação, “Gostosa não é elogio”, a idéia da organização foi "derrubar a ideia de que roupa define caráter ou é uma permissão para qualquer tipo de desrespeito". Foi lançada antes do Carnaval.
"Apenas uma das 26 candidatas representará o Brasil no Miss Intercontinental 2016, mas a intenção é que as 26 candidatas possam empoderar outras 26 mulheres, e assim sucessivamente" diz Talita Queiroga, psicóloga e diretora do concurso. Segundo os organizadores, o evento quer refutar a ideia de que concursos desse tipo reforçam estereótipos e mostrar que a beleza não blinda as moças contra preconceitos.
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